22 agosto 2011

Desde quando? e, mais que isso...Até quando?

"Jogos não Didáticos

A ministra da educação anunciou computadores Magalhães para todos os alunos dos 1º e 2º anos para o próximo anos lectivo. Podiam ser Magalhães, Barbies ou bonecos Shrek.
O Magalhães é um brinquedo.
Um brinquedo que se avaria rapidamente e um brinquedo que já nos terá custado centenas de milhões de euros.
Um brinquedo que foi adquirido de forma mais do que duvidosa e cuja mais-valia nestes níveis de ensino é absolutamente questionável.
Se o Governo quer dar brinquedos, dê. Mas não lhes chame outra coisa."

Helena Matos in "Público" (27/Maio/2010)

"È coragem penalizar os mais fracos?

Ao decidir acabar com os apoios extraordinários aos desempregados, o Governo demonstrou como a austeridade pode acentuar as injustiças e as desigualdades.
Muitos perguntarão: era possivel fazer diferente? A resposta está longe de ser unívoca.
Ao introduzir estas e outras medidas, o Governo disse estar a agir com coragem e determinação. Não é uma frase necessariamente verdadeira.
Penalizando os desempregados, o Executivo Socialista não revela nem coragem nem determinação. Nem sequer fidelidade à sua matriz ideológica. Na prática, o Governo escolheu a via mais fácil. A austeridade é o preço a pagar por uma politica assente em ilusões que não viu a tempestade chegar. A consequência são os cortes precipitados, como este.
Os desempregados que perdem este apoio vão pagar o preço de uma cegueira politica pela qual não são responsáveis. Mais, ao negar estes apoios especiais, o Governo aceita trilhar um caminho hipócrita de estigmatizar pessoas que vivem um sentimento de exclusão.
Haverá fraudes? Sem dúvida, mas para isso existe a fiscalização. Como esta é ineficaz, penalizam-se todos por igual. E isto num contexto em que, como se sabe, as ofertas de trabalho disponiveis são em geral para empregos mal remunerados e exigindo apenas baixas qualificações.
Pede-se aos que já eram vitimas da situação económica que paguem agora os custos desta crise.
Coragem seria manter os apoios aos que estão em posição mais desfavorecida e continuar a apostar na qualificação. O preço dos cortes cegos e sem fim à vista como este, traduzir-se-á em mais instabilidade social.
È o preço de uma injustiça que a austeridade não pode justificar."

Editorial in "Público" (27/Maio/2010)

Sabem que mais...Vivam os sinceros, sem papas na lingua e os so-called Profetas da Desgraça.

Miguel

A ti, Miguel, por me lembrares todos os dias que a vida é um espetáculo bonito de se ver, de se tocar, saborear, mas principalmente de se viver.
Por me recordares incessantemente que é nas pequenas coisas, nas mais simples palavras, nos mais inóspitos momentos, nos lugares mais comuns, que se encontra um porto seguro, um sitio bonito para descansar.
Por me ajudares a compreender que não faz mal, que se pode deixar, volta e meia, a vida a repousar à sombra de um chaparro, porque quem nos ama há-de sempre ajudar-nos a reerguê-la de novo.
Porque a última peça a colocar-se em posição pode desmoronar e destruir muita coisa mas que no fundo dos teus olhos encontro sempre uma fonte inesgotável de força que me faz querer (e poder) reconstruir tudo.
Por me teres salvo.
Por dentro da palavra "mãe" achares espaço para todos os sorrisos do mundo.
Por me dares a mão quando tens medo do passo seguinte e por saberes, na inocência dos teus anos precoces, que quando tens medo eu também tenho e seres capaz de o reconhecer e embalar-me no teu olhar que me diz sempre que está tudo bem, que tudo há-de ficar bem, desde que nos tenhamos um ao outro.
Por me perdoares as falhas e me saberes apenas humana. Por teres a perfeita noção de que eu tenho, na realidade, muito mais a aprender contigo do que tu comigo.
Por seres a minha âncora, o meu impulsionador de sonhos, por seres a minha papoila de todos os dias, de todos os anos.
Pelo amor sem porquês ou barreiras.
Pelo medo de te perder que me sufoca e me oferece em todos os momentos um motivo para não desistir e lutar por ser uma pessoa melhor, um ser humano mais completo, apesar dos defeitos e erros.
Por existires. Por fazeres da vida a vida em si e por teres, dentro do teu coração que é já o maior que algum dia tive o prazer de conhecer, todos os sonhos condensados num só grito. Por seres um sobrevivente.
Por me amares, meu Miguel, meu filho, meu tudo.